1 de ago. de 2015
Coisas que a vida ensina depois dos 40...
"Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não...
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente..."
(Artur da Távola)
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente..."
(Artur da Távola)
9 de abr. de 2015
Amores líquidos...
Nunca pensei seriamente em casar antes dos 30 anos. Nem me passava pela cabeça, apesar de viver amancebada, num relacionamento monogâmico e sólido, com direito a um cachorro-filho, e coleção de panfletos de lançamentos de imóveis. Eu não tinha a menor pressa de me confinar numa relação por mais séria que ela fosse e por mais que eu nem vislumbrasse o fim dela.
A vida amancebada acabou, caí em outra. Me apaixonava, era feliz e depois morria de amor. A dor passava como se não tivesse acontecido. E eu achava que aquele ciclo de 'amar, me ferrar e seguir amando' fazia parte da dolorosa e entediante fórmula de amadurecer.
Não sentia o tempo passar como se fosse uma bomba-relógio, e nem conhecia a fantasia predileta de nove entre dez mulheres que ainda piram com medo de envelhecer num quarto e sala em Copacabana, rodeada de gatos e pilhas de jornais velhos.
Eu gostava de namorar e desnamorar.
E entre amores haviam os não-amores. Relacionamentos que duravam tão pouco que nem poderiam ser chamados assim. Eu já vivia relações líquidas antes que essa expressão fosse cunhada e servisse de explicação para todas as frustrações de hoje. Não é de agora que paixões acabam antes mesmo de começar. Ainda que muita gente jure de pé junto que ser solteiro é a arte do desencontro, e que isso seja um fenômeno atual.
Talvez esteja mais evidente, mas há muito tempo é assim. A gente passa anos acreditando que é infeliz porque não encontra alguém pelo caminho. Esquece que estar solteiro não é uma sina e que encontrar gente bagaceira faz parte da jornada. Difícil acertar de cara. Mas, honestamente, quem quer acertar de cara? Que graça tem o doce se a gente não tiver certeza de que jiló é ruim mesmo?
Para muitos, essa fase passa, para outros, não. As pessoas não estão piores. Estão diferentes. E no amor a regra tem sido a mesma da vida. Nem tudo é feito para durar, vivemos a era da modernidade líquida, como descreveu há alguns poucos anos o filósofo polonês Zygmunt Bauman. Um vozinho de 89 anos, mais esperto que todos nós juntos que nos achamos tão modernos, mas não passamos de caretas, carentes.
Hoje, trocamos de emprego, de roupa, de celular, de amizades e de amor numa velocidade atordoante. Tratamos as coisas e os sentimentos como se fossem insípidos, inodoros e translúcidos. E isso não é necessariamente ruim.
É o reflexo de antigos desejos. A gente esteve em busca disso durante muito tempo. Homens e, principalmente, mulheres. A gente queria poder namorar, transar, casar e descasar, virar a vida do avesso conforme nossa vontade. E chegamos lá. E agora não sabemos lidar com isso. A gente quer que seja amor, quando é só uma noite mal-dormida.
Já encarei o silêncio de um telefone mudo várias vezes. Procurei respostas para ausências que não tinham explicação. Esvaziei garrafas. Enxuguei choro. Me entreguei a um coitadismo chato pra caceta, mas consegui assoar o nariz, limpar a remela e enxergar que isso não nos leva a nada.
Faz parte estar solteiro. Faz parte essa impressão de querer viver um amor que não existe. E ele não existe mais como antes. Não na mesma velocidade. Mas a gente insiste em sofrer separações onde nunca houve compromisso.
Por que o desespero? Por que o desalento?
A gente precisa da experiência do não-amor. Não dá para ter pressa. O amor não acontece quando a gente quer. Sosseguem. Talvez não aconteça mais aos 20, nem mais aos 30 anos. Pode ser cada vez mais tarde, talvez por isso cada vez mais verdadeiro. E se não for verdadeiro, talvez não aconteça. Porque somos cada vez mais verdadeiros com nossos sentimentos. E nosso coração não aceita e nem precisa aceitar nenhum amor mais ou menos.
Sempre me considerei otimista, mas descobri que me encaixo em outra categoria, como o vozinho Bauman: sou uma pessoa que tem esperança. "De outra forma não veria sentido em falar e escrever", disse. Digo mais: de outra forma não veria sentido em acreditar no amor. Mesmo que ele demore a acontecer, porque ele acontece. Mas pode não ser hoje.
(Mariliz Pereira Jorge)
22 de mar. de 2015
É preciso ir embora...
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas."
(Retirado do blog Antônia no Divã)
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas."
(Retirado do blog Antônia no Divã)
12 de mar. de 2015
A queda de Dilma
Dilma parece à beira do abismo. Parece que Dilma vai se atirar.
Olhando à distância, aqui do Norte, é essa a impressão. A triste impressão. A não ser que a presidente e seus auxiliares compreendam o que está acontecendo. E, pelo discurso governista, é evidente que não estão entendendo nada. Nem ela e, surpreendentemente, nem Lula, um dos políticos mais sensíveis da história do Brasil.
É que, às vezes, o detalhe decisivo é isso mesmo: só um detalhe. Porém, decisivo. No caso, há que se levar em consideração um objeto pequeno, do tamanho da palma da mão: o telefone celular.
Essa ferramenta mudou o mundo. A história do homem é a história da velocidade da informação, e nunca, em 12 mil anos de civilização, a informação foi tão veloz. Desde os albores do século 21, o celular dotado de internet permite que as pessoas absorvam e transmitam informação a todo momento, obsessivamente, ansiosamente, num processo que é interrompido apenas pelas horas de sono. A transformação não ocorre mais na poeira dos séculos, nem de ano para ano. Ocorre em meses.
O Brasil que está ingressando no outono de 2015 não é o mesmo da primavera de 2014.
Agora vou me lembrar de antes. De uma noite carioca de 2007. Oito anos, transcorridos no século 21, correspondem a uma geração inteira. Pois em 2007 Lula foi vaiado por 80 mil pessoas no Maracanã, durante a abertura do Pan. No dia seguinte, escrevi o que escreveriam hoje os governistas: "Foi a vaia da elite branca".
Não me arrependo do que escrevi. Em 2007, Lula começava o segundo mandato. Pensei, então: a partir de agora, com a estabilidade econômica e o assentamento dos programas sociais, Lula terá condições de fazer as mudanças estruturais de que o país precisa – essa vaia é precipitada.
Ainda acho que foi precipitada. Mas foi também premonitória. Aos poucos, o que a elite branca sentiu naquela noite passou a ser sentido por outros setores da sociedade. As pessoas não estavam vivendo bem no Brasil, simplesmente isso. Há dois anos, num junho furioso, o desconforto latejante explodiu, só que em todas as direções, sem alvo preciso. Nas eleições do ano passado, essa insatisfação tornou-se amarga, mas as pessoas ainda não sabiam para onde fugir, porque os caminhos alternativos não eram bons. De lá para cá, o sentimento mudou: virou revolta.
O grande engano do governo, o grande engano de analistas inteligentes, como Juca Kfouri e Verissimo, é não perceber a rapidez dessa mudança. É achar que estamos em 2007. Porque, não: não é só a elite branca que está vaiando o governo. Não são só os ricos. É uma massa gigantesca de trabalhadores, de empresários e assalariados, de gente que produz e contribui. E quer saber? Essa gente está pouco se lixando para o PSDB ou para o Aécio Neves. Essa gente não é patrocinada pela oposição, não é mobilizada pela mídia burguesa e tampouco está indignada porque a classe média viaja de avião. Essa gente está vivendo mal no Brasil. Essa gente sente insegurança nas ruas, sabe que os professores de seus filhos ganham pouco e paga promessas e planos de saúde para não depender do SUS. Junte isso à corrupção que borbulha dos esgotos de Brasília e a uma presidente desconectada com a realidade e teremos, sim, ambiente para abalar um governo.
Sou contra o impeachment sem provas concretas de ilícito da presidente. Pedir impeachment porque a vida não vai bem é golpe. Mas, se o governo não reconhecer pelo menos que a vida não vai bem, a vida decerto vai piorar. Tudo vai piorar. Inclusive, e principalmente, para o governo.
(David Coimbra)
20 de fev. de 2015
Sobre o Tempo...
"Todos vamos envelhecer... Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos.
O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar ...o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos.
Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo.
Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma neglicenciada anos a fio."
(Erótica é a Alma)
Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo.
Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma neglicenciada anos a fio."
(Erótica é a Alma)
8 de fev. de 2015
Ser Feliz é uma escolha...Atitude!
1. Não guarde rancor.
As pessoas felizes entendem que é melhor perdoar e esquecer do que deixar que sent...imentos negativos as dominem. Guardar rancor é prejudicial e pode causar depressão, ansiedade e estresse. Por que deixar que uma ofensa de alguém exerça algum poder sobre você? Se você esquecer os seus rancores, vai ganhar uma consciência clara e energia suficiente para apreciar as coisas boas da vida.
2. Trate todos com bondade.
Você sabia que foi cientificamente provado que ser gentil faz você feliz? Ser altruísta faz seu cérebro produzir serotonina, um hormônio que diminui a tensão e eleva o seu espírito. Tratar as pessoas com amor, dignidade e respeito permite que você construa relacionamentos mais fortes.
3. Veja os problemas como desafios.
A palavra “problema” não faz parte do vocabulário de uma pessoa feliz. Um problema, na maioria das vezes, é visto como uma desvantagem, uma luta ou uma situação difícil. Mas quando encarado como um desafio, pode se transformar em algo positivo, como uma oportunidade. Sempre que você enfrentar um obstáculo, pense nele como um desafio.
4. Expresse gratidão pelo que já tem.
Há um ditado popular que diz: “As pessoas mais felizes não têm o melhor de tudo, elas fazem o melhor de tudo com o que elas têm.” Você terá um sentido mais profundo de contentamento se contar suas bênçãos em vez de ansiar pelo que você não tem.
5. Sonhe grande.
As pessoas que têm o hábito de sonhar grande são mais propensas a realizar seus objetivos do que aquelas que não o fazem. Se você se atreve a sonhar grande, sua mente vai assumir uma atitude focada e positiva.
6. Não se preocupe com as pequenas coisas.
As pessoas felizes se perguntam: “Será que este problema terá a mesma importância daqui a um ano?” Elas entendem que a vida é muito curta para se preocupar com situações triviais. Deixar os problemas rolarem à sua volta vai, definitivamente, deixar você à vontade para desfrutar de coisas mais importantes.
7. Fale bem dos outros.
Ser bom é melhor do que ser mau. Fofocar pode até ser divertido, mas, geralmente, deixa você se sentindo culpado e ressentido. Dizer coisas agradáveis sobre as pessoas leva você a pensar positivo e a não se preocupar em julgá-las.
8. Não procure culpados.
Pessoas felizes não culpam os outros por seus próprios fracassos. Em vez disso, elas assumem seus erros e, ao fazê-lo, mudam para melhor.
9. Viva o presente.
Pessoas felizes não vivem do passado nem se preocupam com o futuro. Elas saboreiam o presente. Se envolvem em tudo o que estão fazendo no momento. Param e cheiram as rosas.
10. Acorde no mesmo horário todos os dias.
Você já reparou que muitas pessoas bem-sucedidas tendem a ser madrugadores? Acordar no mesmo horário estabiliza o metabolismo, aumenta a produtividade e nos coloca em um estado calmo e centrado.
11. Não se compare aos outros.
Todos têm seu próprio ritmo. Então, por que se comparar aos outros? Pensar ser melhor que outra pessoa leva a um sentimento de superioridade não muito saudável e, se pensar o contrário, acabará se sentindo inferior. Então, concentre-se em seu próprio progresso.
12. Escolha seus amigos sabiamente.
A miséria adora companhia. Por isso, é importante cercar-se de pessoas otimistas que vão incentivá-lo a atingir seus objetivos. Quanto mais energia positiva em torno de você, melhor você vai se sentir.
13. Não busque a aprovação dos outros.
As pessoas felizes não se importam com o que os outros pensam delas. Seguem seus próprios corações, sem deixar os pessimistas desencorajá-los, e entendem que é impossível agradar a todos. Escute o que as pessoas têm a dizer, mas nunca busque a aprovação de ninguém.
14. Aproveite seu tempo para ouvir.
Fale menos, ouça mais. Escutar mantém a mente aberta. Quanto mais você ouve, mais conteúdo você absorve.
15. Cultive relacionamentos sociais.
Uma pessoa só é uma pessoa infeliz. Pessoas felizes entendem o quão importante é ter relações fortes e saudáveis. Sempre tenha tempo para encontrar e falar com sua família e amigos.
16. Medite.
Ficar no silêncio ajuda você a encontrar sua paz interior. Você não tem que ser um mestre zen para alcançar a meditação. As pessoas felizes sabem como silenciar suas mentes, em qualquer hora e lugar, para se acalmar.
17. Coma bem.
Tudo o que você come afeta diretamente a capacidade de seu corpo produzir hormônios, o que vai definir seu humor, energia e enfoque mental. Certifique-se de comer alimentos que vão manter seu corpo saudável e em boa forma e sua mente mais tranquila.
18. Faça exercícios.
Estudos têm mostrado que o exercício aumenta os níveis de felicidade e autoestima e produz a sensação de autorrealização.
19. Viva com o que é realmente importante.
As pessoas felizes mantêm poucas coisas ao seu redor porque elas sabem que excessos as deixam sobrecarregadas e estressadas. Estudos concluíram que os europeus são muito mais felizes que os americanos, porque eles vivem em casas menores, dirigem carros mais simples e possuem menos itens.
20. Diga a verdade.
Mentir corrói a sua autoestima e o torna antipático. A verdade sempre liberta. Ser honesto melhora sua saúde mental e faz com que os outros tenham mais confiança em você. Seja sempre verdadeiro e nunca se desculpe por isso.
21. Estabeleça o controle pessoal.
As pessoas felizes têm a capacidade de escolher seus próprios destinos. Elas não deixam os outros dizerem como devem viver suas vidas. Estar no controle completo de sua própria vida traz sentimentos positivos e aumenta a autoestima.
22. Aceite o que não pode ser alterado.
Depois de aceitar o fato de que a vida não é justa, você vai estar mais em paz com você mesmo. Portanto, concentre-se apenas no que você pode controlar e mudar para melhor.
Essa é uma tradução de um texto de Chiara Fucarino, feita por Lili e Marininha, do blog Agora Sim!
Você sabia que foi cientificamente provado que ser gentil faz você feliz? Ser altruísta faz seu cérebro produzir serotonina, um hormônio que diminui a tensão e eleva o seu espírito. Tratar as pessoas com amor, dignidade e respeito permite que você construa relacionamentos mais fortes.
3. Veja os problemas como desafios.
A palavra “problema” não faz parte do vocabulário de uma pessoa feliz. Um problema, na maioria das vezes, é visto como uma desvantagem, uma luta ou uma situação difícil. Mas quando encarado como um desafio, pode se transformar em algo positivo, como uma oportunidade. Sempre que você enfrentar um obstáculo, pense nele como um desafio.
4. Expresse gratidão pelo que já tem.
Há um ditado popular que diz: “As pessoas mais felizes não têm o melhor de tudo, elas fazem o melhor de tudo com o que elas têm.” Você terá um sentido mais profundo de contentamento se contar suas bênçãos em vez de ansiar pelo que você não tem.
5. Sonhe grande.
As pessoas que têm o hábito de sonhar grande são mais propensas a realizar seus objetivos do que aquelas que não o fazem. Se você se atreve a sonhar grande, sua mente vai assumir uma atitude focada e positiva.
6. Não se preocupe com as pequenas coisas.
As pessoas felizes se perguntam: “Será que este problema terá a mesma importância daqui a um ano?” Elas entendem que a vida é muito curta para se preocupar com situações triviais. Deixar os problemas rolarem à sua volta vai, definitivamente, deixar você à vontade para desfrutar de coisas mais importantes.
7. Fale bem dos outros.
Ser bom é melhor do que ser mau. Fofocar pode até ser divertido, mas, geralmente, deixa você se sentindo culpado e ressentido. Dizer coisas agradáveis sobre as pessoas leva você a pensar positivo e a não se preocupar em julgá-las.
8. Não procure culpados.
Pessoas felizes não culpam os outros por seus próprios fracassos. Em vez disso, elas assumem seus erros e, ao fazê-lo, mudam para melhor.
9. Viva o presente.
Pessoas felizes não vivem do passado nem se preocupam com o futuro. Elas saboreiam o presente. Se envolvem em tudo o que estão fazendo no momento. Param e cheiram as rosas.
10. Acorde no mesmo horário todos os dias.
Você já reparou que muitas pessoas bem-sucedidas tendem a ser madrugadores? Acordar no mesmo horário estabiliza o metabolismo, aumenta a produtividade e nos coloca em um estado calmo e centrado.
11. Não se compare aos outros.
Todos têm seu próprio ritmo. Então, por que se comparar aos outros? Pensar ser melhor que outra pessoa leva a um sentimento de superioridade não muito saudável e, se pensar o contrário, acabará se sentindo inferior. Então, concentre-se em seu próprio progresso.
12. Escolha seus amigos sabiamente.
A miséria adora companhia. Por isso, é importante cercar-se de pessoas otimistas que vão incentivá-lo a atingir seus objetivos. Quanto mais energia positiva em torno de você, melhor você vai se sentir.
13. Não busque a aprovação dos outros.
As pessoas felizes não se importam com o que os outros pensam delas. Seguem seus próprios corações, sem deixar os pessimistas desencorajá-los, e entendem que é impossível agradar a todos. Escute o que as pessoas têm a dizer, mas nunca busque a aprovação de ninguém.
14. Aproveite seu tempo para ouvir.
Fale menos, ouça mais. Escutar mantém a mente aberta. Quanto mais você ouve, mais conteúdo você absorve.
15. Cultive relacionamentos sociais.
Uma pessoa só é uma pessoa infeliz. Pessoas felizes entendem o quão importante é ter relações fortes e saudáveis. Sempre tenha tempo para encontrar e falar com sua família e amigos.
16. Medite.
Ficar no silêncio ajuda você a encontrar sua paz interior. Você não tem que ser um mestre zen para alcançar a meditação. As pessoas felizes sabem como silenciar suas mentes, em qualquer hora e lugar, para se acalmar.
17. Coma bem.
Tudo o que você come afeta diretamente a capacidade de seu corpo produzir hormônios, o que vai definir seu humor, energia e enfoque mental. Certifique-se de comer alimentos que vão manter seu corpo saudável e em boa forma e sua mente mais tranquila.
18. Faça exercícios.
Estudos têm mostrado que o exercício aumenta os níveis de felicidade e autoestima e produz a sensação de autorrealização.
19. Viva com o que é realmente importante.
As pessoas felizes mantêm poucas coisas ao seu redor porque elas sabem que excessos as deixam sobrecarregadas e estressadas. Estudos concluíram que os europeus são muito mais felizes que os americanos, porque eles vivem em casas menores, dirigem carros mais simples e possuem menos itens.
20. Diga a verdade.
Mentir corrói a sua autoestima e o torna antipático. A verdade sempre liberta. Ser honesto melhora sua saúde mental e faz com que os outros tenham mais confiança em você. Seja sempre verdadeiro e nunca se desculpe por isso.
21. Estabeleça o controle pessoal.
As pessoas felizes têm a capacidade de escolher seus próprios destinos. Elas não deixam os outros dizerem como devem viver suas vidas. Estar no controle completo de sua própria vida traz sentimentos positivos e aumenta a autoestima.
22. Aceite o que não pode ser alterado.
Depois de aceitar o fato de que a vida não é justa, você vai estar mais em paz com você mesmo. Portanto, concentre-se apenas no que você pode controlar e mudar para melhor.
Essa é uma tradução de um texto de Chiara Fucarino, feita por Lili e Marininha, do blog Agora Sim!
7 de fev. de 2015
Decadência da Cultura Brasileira...
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…. , estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… ,•visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
(Luís Fernando Veríssimo)
1 de fev. de 2015
Fiéis e inteligentes...
As mulheres acabam de ganhar um belo argumento contra os don juans: segundo uma pesquisa divulgada recentemente, homens fiéis são mais inteligentes que os infiéis. Dito assim, parece conversa pra boi dormir, mas há uma informação importante por trás desse resultado. Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolutiva da London Schools of Economics, descobriu que há uma mudança de mentalidade em curso, e essa é a grande notícia.
Todos sabem a força da cultura herdada. De geração em geração, homens lidam com sexo de uma maneira menos romântica que as mulheres. Realizam suas fantasias e desejos à revelia de seu estado civil, amparados pela teoria ancestral de que nasceram para espalhar o maior número de sementinhas e assim garantir a permanência da espécie. Com um álibi bom desses, a infidelidade masculina acabou sendo considerada apenas uma travessura, e, se a traição magoava as parceiras fixas, azar das parceiras fixas. Perde-se um ônibus, logo vem outro, não é o que dizem?
O que o sr. Kanazawa revelou ao mundo é que os homens começaram a perceber que esse rodízio pode ter um alto custo emocional. O sexo clandestino é muito divertido e o risco de ser descoberto pode deixá-lo ainda mais saboroso, mas se for realmente descoberto, surpresa: já não haverá uma Amélia para perdoar. Antigamente, as mulheres faziam olho branco não só porque “homem é assim mesmo”, mas porque a sociedade não recebia de braços abertos as desquitadas, e, além de sozinhas, elas teriam que viver de pensão e reduzir seu padrão de consumo, sem falar no trauma causado aos filhos. Uma derrocada familiar que era facilmente evitada: bastava fingir que nada estava acontecendo.
Hoje, independentes financeiramente, com a sociedade as reverenciando e conhecedoras de truques para não envelhecer jamais, as mulheres já não têm por que ficar aturando desaforo. Se a linha de ônibus deles é frequente, a nossa também, basta fazer um sinal. Mas não é a variedade que costuma nos dar uma bela história de vida pra contar.
Afora as imutáveis diferenças hormonais que determinam o comportamento sexual de machos e fêmeas, o aspecto cultural pode realmente estar passando por uma evolução. Os homens mais inteligentes (cuja pesquisa inclui também os ateus e os politicamente liberais, mas nisso ninguém se ateve) são aqueles que estão atentos às transformações sociais e que se deram conta de que mais vale ter uma mulher incrível ao lado do que uma coleção de biscates, e resolveram reduzir a farta distribuição de sementinhas. Sendo homens seguros, não precisam copiar o padrão machista de seus pais e avós. Captaram, com mais rapidez que os neurologicamente desfavorecidos, que o risco de perder a mulher amada é grande e que a fidelidade pode ser um bom investimento a longo prazo. Como é que ficaram tão espertos?
Precisaram ficar. Suas mães e avós, também muito inteligentes, pavimentaram essa mudança antes deles.
(Martha Medeiros)
31 de dez. de 2014
Votos para toda Vida...
CONCENTRE-SE nos seus principais objetivos;
ALIMENTE-SE bem. Coma devagar e moderadamente. O corpo não precisa de excesso de comida;
DURMA BEM, o mais cedo que puder, em ambiente limpo, silencioso e arejado;
ACORDE o mais cedo que puder e se não conseguir sair para uma caminhada, pelo menos alongue o corpo, se espreguice como o gato ou o cão, mexa o corpo, faça três respirações lentas e profundas. Você perceberá que, dentro de pouco tempo, essa prática, irá fazer uma diferença enorme na sua vida;
AO DEITAR, na hora de escovar os dentes, olhe-se no espelho, dê um sorriso e diga para você mesmo: “eu te amo e te desejo um ótimo dia”!
FAÇA isso todos os dias, não importando onde você esteja ou como esteja se sentindo e, a noite, antes de dormir, faça o mesmo. “eu te amo. Boa Noite”!
EXPERIMENTE, não custa nada!
CRIE hábitos saudáveis;
SELECIONE poucos, mas bons amigos com quem possa compartilhar a vida;
ANDE descalço o mais que puder.
BEBA bastante água;
PERDOE sempre;
ASSISTA menos à televisão;
LEIA mais. Qualquer coisa, mas leia sempre;
EXPERIMENTE ficar um pouco mais em silêncio;
AGRADEÇA sempre, mesmo sem motivo;
SORRIA. Faz bem para a beleza;
AME a sua família;
CONTE com a Proteção Divina e lembre-se sempre do SER especial que está dentro de você.
FELIZ VIDA NOVA.
(Marly Canto)
DURMA BEM, o mais cedo que puder, em ambiente limpo, silencioso e arejado;
ACORDE o mais cedo que puder e se não conseguir sair para uma caminhada, pelo menos alongue o corpo, se espreguice como o gato ou o cão, mexa o corpo, faça três respirações lentas e profundas. Você perceberá que, dentro de pouco tempo, essa prática, irá fazer uma diferença enorme na sua vida;
AO DEITAR, na hora de escovar os dentes, olhe-se no espelho, dê um sorriso e diga para você mesmo: “eu te amo e te desejo um ótimo dia”!
FAÇA isso todos os dias, não importando onde você esteja ou como esteja se sentindo e, a noite, antes de dormir, faça o mesmo. “eu te amo. Boa Noite”!
EXPERIMENTE, não custa nada!
CRIE hábitos saudáveis;
SELECIONE poucos, mas bons amigos com quem possa compartilhar a vida;
ANDE descalço o mais que puder.
BEBA bastante água;
PERDOE sempre;
ASSISTA menos à televisão;
LEIA mais. Qualquer coisa, mas leia sempre;
EXPERIMENTE ficar um pouco mais em silêncio;
AGRADEÇA sempre, mesmo sem motivo;
SORRIA. Faz bem para a beleza;
AME a sua família;
CONTE com a Proteção Divina e lembre-se sempre do SER especial que está dentro de você.
FELIZ VIDA NOVA.
(Marly Canto)
15 de out. de 2014
Sobre um Abraço...
"O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante."
(Ana Jácomo)
Todo o resto...
"Existe o certo, o errado e todo o resto.” Esta é uma frase dita pelo ator Daniel Oliveira representando Cazuza, em uma conversa com o pai, numa cena que. A meu ver, resume o espírito do filme que este em cartaz ate pouco tempo. Alias, resume a vida.
Certo e errado são convenções que se confirmam com meia dúzia de atitudes. Certo é ser gentil, respeitar os mais velhos, seguir uma dieta balanceada, dormir oito horas por dia, lembrar dos aniversários, trabalhar, estudar, casar e ter filhos, certo é morrer bem velho e com o dever cumprido. Errado é dar calote, repetir de ano, beber demais, fumar, se drogar, não programar um futuro decente, dar saltos sem rede. Todo mundo de acordo?
Todo mundo teoricamente de acordo, porem a vida não é feita de teorias. E o resto? E tudo aquilo que a gente mal consegue verbalizar, de tão intenso? Desejos, impulsos, fantasias, emoções. Ora, meia dúzia de normas preestabelecidas não dão conta do recado. Impossível enquadrar o que lateja, o que arde, o que grita dentro de nós.
Somos maduros e ao mesmo tempo infantis, por trás do nosso autocontrole há um desespero infernal. Possuímos uma criatividade insuspeita: inventamos musicas, amores e problemas, e somos curiosos, queremos espiar pelo buraco da fechadura do mundo para descobrir o que não nos contaram. Todo o resto.
O amor é certo, o ódio é errado, e resto é uma montanha de outros sentimentos, uma solidão gigantesca, muita confusão, desassossego, saudades cortantes, necessidade de afeto e urgências sexuais que não se adaptam as regras do bom comportamento. Há bilhetes guardados no fundo das gavetas que contariam outra versão da nossa historia, caso viessem a publico.
Todo o resto é o que nos assombra: as escolhas não feitas, os beijos não dados, as decisões não tomadas, os mandamentos que não obedecemos ou que obedecemos bem demais – a troco de que fomos tão bonzinhos?
Há o certo, o errado e aquilo que nos da medo, que nos atrai que nos sufoca que nos entorpece.O certo é ser magro, bonito, rico e educado, o errado é ser gordo, feio, pobre e analfabeto, e o resto nada tem a ver com esses reducionismos: é nossa fome por idéias novas, é nosso rosto que se transforma com o tempo, são nossas cicatrizes de estimação, nossos erros e desilusões.
Todo o resto é muito mais vasto. É nossa porra-louquice, nossa ausência de certezas, nossos silêncios inquisidores, a pureza e a inocência que se mantêm vivas dentro de nós, mas que ninguém percebe, só porque crescemos. A maturidade é um álibi frágil. Seguimos com uma alma de criança que finge saber direitinho tudo o que deve ser feito, mas que no fundo entende muito pouco sobre as engrenagens do mundo. Todo o resto é tudo que ninguém aplaude e ninguém vaia, porque ninguém vê.
(Martha Medeiros)
27 de mar. de 2014
Vista Cansada...
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992
1 de dez. de 2013
Leve-me a Paris...
Uma amiga minha, a arquiteta Cristina Camps, circula pela cidade dentro de uma camiseta com a seguinte inscrição:
— Take me to Paris, mon amour — .
Uma frase conhecida, mas, vendo a Cris movendo-se pelo mundo com aquela camiseta, pensei... no Lula.
Lula, o ex-presidente.
Na verdade, pensei no Lula quando ele ainda não era presidente, quando o vi em pessoa pela primeira vez, em 1989. Lula concorria à Presidência da República naquela eleição única da história do Brasil. Era um jovem de jeans desbotados, barba e cabelos negros. Entrevistei-o no salão paroquial da Igreja São José, no centro de Criciúma. A inteligência e a vivacidade lhe faiscavam dos olhos, mas Lula ainda não havia aprendido que as pessoas se afastam de quem usa o sarcasmo. Aprendeu depois.
Já naquela época, me perguntava, e não lembro de ter perguntado a ele, se Lula havia participado da criação do seu slogan de campanha:
— Sem medo de ser feliz — .
Será que Lula cunhou aquela frase? Ou a achou brilhante quando os publicitários a apresentaram? Sem medo de ser feliz. É mais do que brilhante; é genial. É um resumo da vida. Porque, para ser feliz, as pessoas têm de arriscar. Têm de fazer o que outros não fazem.
A proposta de Lula era essa. Era ser diferente. Arrisque-se, ele gritava ao eleitor. Tente. Não fique apenas com o comodismo, com a pasmaceira da segurança. Não tenha medo de ser feliz. Vá em frente, saia do normal, faça o que os outros não têm coragem de fazer. Vá a Paris! Leve o seu amor a Paris!
Por que não?
Porque as pessoas sentem medo. Elas pensam: um dia faço isso, um dia enlouqueço e levo minha amada a Paris, a Lisboa, a Madri, a Londres. Um dia, agora não. Agora, preciso trabalhar. Tenho responsabilidades. Tenho ocupações. Não têm nada disso: têm medo.
As pessoas sentem medo da felicidade, e as coisas vão acontecendo, e você vai se envolvendo no ramerrão do dia a dia, e a vida vai passando, e vai passando, e logo é tarde demais.
Sem medo de ser feliz. Lula deve ter influenciado na criação daquela frase, ou no mínimo compreendeu seu sentido profundo quando a ouviu pela primeira vez. Não é à toa que, três eleições depois, foi empossado presidente da República. Sem medo de ser feliz. Take me to Paris, mon amour. A vida pode ser diferente. A vida pode ser melhor.
(David Coimbra)
21 de nov. de 2013
Quando eu estiver louco, se afaste...
Há que se respeitar quem sofre de depressão, distimia, bipolaridade e demais transtornos psíquicos que afetam parte da população. Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a fim de minimizar os efeitos desastrosos que respingam em suas relações profissionais e pessoais. Conseguem tornar, assim, mais tranquila a convivência.
Mas tem um grupo que está longe de ser doente: são os que simplesmente se autointitulam “difíceis” com o propósito de facilitar para o lado deles. São os temperamentais que não estão seriamente comprometidos por uma disfunção psíquica – ao menos, não que se saiba, já que não possuem diagnóstico. São morrinhas, apenas. Seja por alguma insegurança trazida da infância, ou por narcisismo crônico, ou ainda por terem herdado um gênio desgraçado, se decretam “difíceis” e quem estiver por perto que se adapte. Que vida mole, não?
Tem uma música bonita do Skank que começa dizendo: “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace/Quando eu estiver louco, subitamente se afaste/quando eu estiver fogo/suavemente se encaixe...”. A letra é poética, sem dúvida, mas é o melô do folgado. Você é obrigada a reagir conforme o humor da criatura.
Antigamente, quando uma amiga, um namorado ou um parente declarava-se uma pessoa difícil, eu relevava. Ora, estava previamente explicada a razão de o infeliz entornar o caldo, promover discussões, criar briga do nada, encasquetar com besteira. Era alguém difícil, coitado. E teve a gentileza de avisar antes. Como não perdoar?
Já fui muito boazinha, lembro bem.
Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando “sou uma pessoa difícil”, desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando – e claro que esses “outros” são seus afetos mais íntimos, pois com amigos e conhecidos eles são uns doces, a tal “dificuldade” que lhes caracteriza some como num passe de mágica. Onde foi parar o ogro que estava aqui?
Chega-se numa etapa da vida em que ser misericordioso cansa. Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e direito, só nos resta nos afastar, mesmo. E investir em pessoas alegres, educadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós, os fáceis.
Mas tem um grupo que está longe de ser doente: são os que simplesmente se autointitulam “difíceis” com o propósito de facilitar para o lado deles. São os temperamentais que não estão seriamente comprometidos por uma disfunção psíquica – ao menos, não que se saiba, já que não possuem diagnóstico. São morrinhas, apenas. Seja por alguma insegurança trazida da infância, ou por narcisismo crônico, ou ainda por terem herdado um gênio desgraçado, se decretam “difíceis” e quem estiver por perto que se adapte. Que vida mole, não?
Tem uma música bonita do Skank que começa dizendo: “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace/Quando eu estiver louco, subitamente se afaste/quando eu estiver fogo/suavemente se encaixe...”. A letra é poética, sem dúvida, mas é o melô do folgado. Você é obrigada a reagir conforme o humor da criatura.
Antigamente, quando uma amiga, um namorado ou um parente declarava-se uma pessoa difícil, eu relevava. Ora, estava previamente explicada a razão de o infeliz entornar o caldo, promover discussões, criar briga do nada, encasquetar com besteira. Era alguém difícil, coitado. E teve a gentileza de avisar antes. Como não perdoar?
Já fui muito boazinha, lembro bem.
Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando “sou uma pessoa difícil”, desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando – e claro que esses “outros” são seus afetos mais íntimos, pois com amigos e conhecidos eles são uns doces, a tal “dificuldade” que lhes caracteriza some como num passe de mágica. Onde foi parar o ogro que estava aqui?
Chega-se numa etapa da vida em que ser misericordioso cansa. Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e direito, só nos resta nos afastar, mesmo. E investir em pessoas alegres, educadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós, os fáceis.
(Martha Medeiros)
7 de nov. de 2013
O dia em que adotei minha avó...
Quando meus amigos vinham com a choradeira por ter pais separados, eu tinha uma resposta. Eles punham na mesa seus três reis e eu sacava quatro ases dizendo: meus avós, de ambos os lados, são separados. Provocava um efeito de solidariedade garantida, comunicava que sabia bem o que era uma família partida, mal-entendidos e ressentimentos. Hoje, as separações são corriqueiras e, embora doídas, são assimiláveis. Na minha infância, elas eram escassas, malvistas e deixavam um rastro de destruição. Na geração dos meus avós, eram uma raridade aberrante. Não foi fácil para meus pais.
Mas a minha ligação com os avós pairava acima de tudo. Passava as férias em suas casas e cheguei a morar com eles. Essa proximidade me fez gostar da velhice. Não me importava com sua lentidão, com as repetições e manias. Os velhos têm a sabedoria de quem já apanhou bastante da vida e eu percebia isso. Cresci olhando para trás, talvez daí venha meu gosto por tempos que desapareceram.
Viver com os avós nos dá outra dimensão do mundo, saímos do eterno presente e apreciamos o peso do passado. Além disso, eles têm as provas de que nossos pais já foram pequenos, frágeis, logo, crescer é possível. Há nisso também uma cumplicidade em reduzir o papel e a força dos nossos pais. Se crescer é sair de casa, a casa dos avós é um bom estágio.
Mas até numa família dividida há um lado bom: as pessoas normais têm duas avós, eu tinha três. Um grande capital, mas trazia alguns problemas. Por exemplo, como você chama a esposa do avô, a avó que não é sua avó, sem abalar a relação com a outra avó, a que se considerava legítima? Precavido contra o risco de desempenhar mal meu cargo de neto, eu a chamava pelo nome: dona Avlisa.
A casa dos meus avós era um paraíso para almas telúricas como a minha. Tinha jardim, horta e pomar. Aprendi com meus avós a paciência necessária para plantar. Numa dessas lidas, segurava um ramo de maracujá para guiar, e disse: – Vó, me passa o barbante. Simplesmente saiu. Fiquei desconcertado, ficamos ambos. Ela me olhou de volta com um sorriso que nunca esqueci. Não foi preciso dizer mais nada. Ganhei uma avó e ela ganhou um neto.
Sem dramas posteriores, cada uma das três foi minha avó a seu modo. Durante anos, segui assim milionário, com mais avós, primos e tios que os outros amigos. Mas o tempo é cruel, numa década conheci a miséria. Reequilibrei-me financeiramente só com a chegada das minhas filhas. Nossos velhos são guardiões da história. Quando eles se vão, suas memórias mudam de mão. Quando cuido do meu jardim, nunca sei se cultivo as plantas, ou elas sustentam as lembranças de quem me ensinou sua magia.
(Mario Corso)
27 de out. de 2013
Excluída...
A Ana me ligou no final da tarde de sexta: “E aí, você vem?”.
Eu não fazia ideia sobre o que ela estava falando. Foi então que a Ana se deu conta de que eu não estava no Facebook, portanto, não sabia da festa que a turma havia armado. Como eu não havia me pronunciado, ela resolveu ligar para saber se eu estava viva.
O cerco está apertando. Antes, eu trocava e-mails com os amigos com uma certa frequência, agora todos debandaram, só um ou outro lembra que eu não estou nas redes sociais e faz a caridade de me manter informada sobre o que acontece no universo.
Não tenho vontade de ter perfil em lugar algum (e mesmo assim tenho, criados e postados por pessoas que não sei quem são). Instagram, Twitter, WhatsApp, nada disso me seduz, não conseguiria tempo para esse contato eletrizante. Ainda me custa compreender pessoas que deixam o iPhone sobre a mesa do restaurante, que precisam fotografar cada minuto vivido, que desmaiam quando esquecem o celular em casa. Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me sentiria menos deslocada do que aqui na Terra.
Mas não me alistei, então terei que me ajustar à nova ordem social do meu planeta.
Óbvio que a tecnologia não é a vilã da história, e sim o uso obsessivo que se faz dela. Para quem tem autocontrole, esses gadgets são fascinantes por seu dinamismo, modernidade, capacidade de agregação, de agilização de tarefas, e ainda resolvem a questão do anonimato, com o qual ninguém mais quer lidar. As redes transformaram palco e plateia numa coisa só: todos são espectadores dos outros e ao mesmo tempo possuem um holofote sobre si. Já que existir virou sinônimo de “quantos me curtem”, a população mundial conseguiu um jeito de ficar quite com o próprio ego.
É muito provável que eu estivesse nas redes caso não escrevesse colunas em jornais. Como tenho esse canal de expressão semanalmente, não me fazem falta outros. Ou não faziam. Estou nesse impasse agora: devo mergulhar com mais profundidade no mundo virtual? Reconheço três vantagens: acompanhar o que meus amigos andam tramando às minhas costas, me atualizar com mais rapidez e oferecer aos meus leitores um perfil oficial. Além de me sentir menos mumificada.
Será isso que chamam de “se reinventar”?
Ando cada vez mais próxima da filosofia budista, exalto a desaceleração, prezo uma boa conversa, adoro ter tempo para meus livros, meu silêncio, minhas caminhadas. Não sinto falta de saber mais, de ter mais acesso à informação, de conhecer mais gente. Por outro lado, não quero me isolar dos amigos nem ficar sem assunto com eles – e com o mundo.
Que dúvida. Pela primeira vez, reflito sobre algo de que, numa era em que se debate tudo, pouco se fala: o nosso direito de ser indiferente.
Eu não fazia ideia sobre o que ela estava falando. Foi então que a Ana se deu conta de que eu não estava no Facebook, portanto, não sabia da festa que a turma havia armado. Como eu não havia me pronunciado, ela resolveu ligar para saber se eu estava viva.
O cerco está apertando. Antes, eu trocava e-mails com os amigos com uma certa frequência, agora todos debandaram, só um ou outro lembra que eu não estou nas redes sociais e faz a caridade de me manter informada sobre o que acontece no universo.
Não tenho vontade de ter perfil em lugar algum (e mesmo assim tenho, criados e postados por pessoas que não sei quem são). Instagram, Twitter, WhatsApp, nada disso me seduz, não conseguiria tempo para esse contato eletrizante. Ainda me custa compreender pessoas que deixam o iPhone sobre a mesa do restaurante, que precisam fotografar cada minuto vivido, que desmaiam quando esquecem o celular em casa. Eu deveria ter me alistado na expedição de colonização de Marte, onde certamente eu me sentiria menos deslocada do que aqui na Terra.
Mas não me alistei, então terei que me ajustar à nova ordem social do meu planeta.
Óbvio que a tecnologia não é a vilã da história, e sim o uso obsessivo que se faz dela. Para quem tem autocontrole, esses gadgets são fascinantes por seu dinamismo, modernidade, capacidade de agregação, de agilização de tarefas, e ainda resolvem a questão do anonimato, com o qual ninguém mais quer lidar. As redes transformaram palco e plateia numa coisa só: todos são espectadores dos outros e ao mesmo tempo possuem um holofote sobre si. Já que existir virou sinônimo de “quantos me curtem”, a população mundial conseguiu um jeito de ficar quite com o próprio ego.
É muito provável que eu estivesse nas redes caso não escrevesse colunas em jornais. Como tenho esse canal de expressão semanalmente, não me fazem falta outros. Ou não faziam. Estou nesse impasse agora: devo mergulhar com mais profundidade no mundo virtual? Reconheço três vantagens: acompanhar o que meus amigos andam tramando às minhas costas, me atualizar com mais rapidez e oferecer aos meus leitores um perfil oficial. Além de me sentir menos mumificada.
Será isso que chamam de “se reinventar”?
Ando cada vez mais próxima da filosofia budista, exalto a desaceleração, prezo uma boa conversa, adoro ter tempo para meus livros, meu silêncio, minhas caminhadas. Não sinto falta de saber mais, de ter mais acesso à informação, de conhecer mais gente. Por outro lado, não quero me isolar dos amigos nem ficar sem assunto com eles – e com o mundo.
Que dúvida. Pela primeira vez, reflito sobre algo de que, numa era em que se debate tudo, pouco se fala: o nosso direito de ser indiferente.
(Martha Medeiros)
26 de out. de 2013
17 de out. de 2013
As balas da Infância...
Estava num avião da TAM observando a comissária oferecer balas aos passageiros, como de costume, antes de a aeronave decolar. Nunca peguei uma, talvez porque a criança em mim se manifeste: 10h da manhã, antes do almoço? Seis da tarde, antes do jantar? Minha mãe vai dar a maior bronca!
Na verdade não fico muito tentada por aquelas balas. Se fosse Frumello ou Sete Belo, seria diferente. Sempre tive tara por bala de morango, ou de frutas vermelhas, ou de qualquer coisa vermelha: cereja, framboesa e família. Eram as minhas preferidas entre as balas azedinhas. As azedinhas iam comigo ao cinema e adocicavam as noites de sábado em que ficava em casa – eram minha droga lícita (mesmo assim, as comia escondida, sendo filha de dentista). Meu sonho secreto? No aniversário, ganhar as azedinhas que vinham numa lata enorme. Preferiria ganhar a lata a pulseirinhas, porta-retratos, presentes de mocinha. Ganhei uma única vez, não lembro quando nem de quem, desconfio até que comprei.
Mas entre as balas vermelhas, prefiro até hoje aquelas vagabundas, as vira-latas das balas, embaladas em papel transparente, sem marca, sem pedigree. As que estão disponíveis onde menos se espera, em balcões de farmácia, ao lado dos caixas de lojas, ofertadas de graça.
Lembro das pastilhas de anis da marca Garoto - existem, ainda? Havia diversos sabores (canela, hortelã), mas as de anis eram as minhas eleitas no recreio do colégio. Daria tudo para voltar no tempo por causa daquelas pastilhas – e só por elas, acho.
Gostava de Mentex também, já que falamos de hortelã, porém mais ainda de uma pastilha oval que não lembro bem a marca, era também azedinha, refrescante, vinha numa caixa verde, que fim levou, quem pode me recordar o nome?
Tinha a bala gasosa, da qual nunca fui fã, redonda demais, grande demais, cheia de si. E quanto às de caramelo e doce de leite, blagh. Sempre fui refratária ao que é enjoativo. Preferia bala de banana, bem artesanal, pobrinha, humilde e doce como um pecado mortal.
Bala de coco era legal também. Ainda é. Mas desenvolvi uma resistência que não se explica. Dói na cárie que já não tenho, será isso? Ou é bala branca que não combina com bala?
Bala tem que ter cor, e nisso as balas Soft eram imbatíveis (escrevo “eram” sem saber se ainda são, já não circulo pelo corredor das tentações no supermercado, tenho um compromisso com a balança e o bom senso). Duras e eternas, as balas Soft – até mesmo as amarelas.
A jujuba me parecia a ralé das balas. Já as soberanas são as que finalizam essa crônica, minhas preferidas para sempre: as balas de goma. Meu Deus, as balas de goma. Morreria por elas. Mas não hoje, não agora, que agora sou adulta (em termos) e o que me interessa, mesmo, é permanecer magra.
7 de out. de 2013
Que referências têm as crianças
E você já parou para refletir sobre o que é a infância hoje em dia? O que significa ser criança? O que o mundo espera das nossas crianças? Quem são suas referências? Quem são seus ídolos? Onde está o porto seguro da infância atual? Fico bastante incomodada quando escuto pessoas dizerem que a infância é a melhor fase da vida e que, quando crianças, não damos valor.
Sabe o porquê de acharem que é a melhor fase da vida? Por já terem passado por ela. Nós, seres humanos, temos o hábito nostálgico de acharmos que tudo era melhor antes. Óbvio que pensamos assim, afinal, o "perrengue" é o hoje! É hoje que sentimos o medo do amanhã, a angústia da incerteza, a dor do erro. Porém, todos esses sentimentos sempre existiram, sempre fizeram parte da gente. A diferença é que era proporcional à fase. Quando criança, problemas de criança. Quando adolescentes, crise da juventude. E agora, adultos, o sofrimento dói no coração, e muitas vezes no bolso. Essa é a única diferença.
Tenho o privilégio de conviver com 60 crianças diariamente. E procuro jamais menosprezar suas dores, seus receios, seus medos. Tento mostrar que para tudo há uma solução e que o tempo cura quase tudo — e o que não cura deixa pelo menos fora do foco.
Hoje em dia, a infância é quase solitária e autodidata. As crianças vivem nas escolas desde a mais tenra idade, e a cada ano mudam-se os cuidadores, as combinações, as salas e lá estão elas: firmes e fortes — às vezes, nem tão firmes e nem tão fortes assim.
As crianças mexem nos iPads com uma eficiência impressionante, mas muitas não sabem se equilibrar numa perna só, não reconhecem esquerda e direita e não conseguem ter 15 minutos de trabalho em equipe, afinal, o que é uma equipe mesmo? Num mundo onde o isolamento é cada vez mais comum, crianças e jovens se "reúnem", cada qual com seu tablet ou notebook, lado a lado, mas sem contato algum.
Quem são suas referências, seus modelos? Homens ricos e aparentemente bem-sucedidos e mulheres de corpo escultural. Claro que estou generalizando. Existem exceções, obviamente. Mas a maioria esmagadora tem como ídolos pessoas assim.
Não quero esperar que o tempo — aquele que cura quase tudo — mostre a elas que existe algo além do ter. Que ser é muito mais importante e que o bom coração tem um valor inestimável.
As crianças precisam de modelos saudáveis, de referências que mostrem mais do que contas bancárias estratosféricas e corpos bem torneados. Elas precisam de adultos mental e emocionalmente saudáveis, que saibam lidar com suas carências e inseguranças, que lhes deem o porto seguro de que tanto precisam, que não discutam em sua frente nem se desrespeitem, porque, querendo ou não, somos modelos.
Aliás, ótima sugestão de presente as suas crianças nesse dia 12 de outubro: bons exemplos.
(Lisandra Pioner- pedagoga e psicopedagoga)
25 de set. de 2013
A moça grande do Rio...
Ela não era gorda. Ou talvez fosse. Não, pensando bem, não era. Tinha um corpo antigo, isso sim. Um corpo de vedete de teatro rebolado. Um corpo fora de moda, uma mulher grande. Não alta; grande. Taluda. Podia posar para um quadro daquele pintor colombiano, Fernando Botero. Estava parada em frente a um espelho de parede, no corredor dos banheiros de um restaurante libanês do Leme, zona sul do Rio.
Da minha mesa, podia vê-la muito bem, e vi que estava concentrada na imagem refletida no espelho. O resto do mundo, Obama, Síria, julgamento do Supremo, o resto do mundo não existia. O que existia era ela e sua imagem. Mirava-se de frente e de lado e de novo de frente e mais uma vez de lado. Examinava-se com critério. Examinei-a também. As panturrilhas dela…Vou dizer: as panturrilhas dela eram do tamanho de melões. Braços de lutador de MMA. Quadris da circunferência de um botijão de gás. Ela era toda possante e vestia uma saia justa e uma blusa justa e se alçava aos píncaros de um sapato de uns dez centímetros de altura. Era morena clara, de cabelos nigérrimos e pele alvíssima. Seria de origem libanesa? É possível.
Essa mulher, essa quase gorda, ela se olhava com gosto.
Era perceptível que aprovava o que via. Alisou a saia com as mãos, esticou a blusa, aproximou o rosto do espelho e conferiu alguma imperfeição na maquiagem dos cílios. Depois, recuou um passo e continuou a se admirar.
Virou-se outra vez de perfil, analisou a silhueta e, antes de voltar para a mesa, fez algo que me surpreendeu e me encantou: sorriu. Sorrindo, ela caminhou até as pessoas que almoçavam com ela, e sorrindo sentou-se, desdobrando o guardanapo com graça.
Não era, decerto que não, o tipo de mulher que a maioria das pessoas considera bonita. Eu mesmo, confesso, não a definiria como protótipo de beleza feminina. Para os padrões atuais seria tachada de gorda. Não obesa, mas sem dúvida acima do peso. Só que ali estava uma mulher satisfeita consigo mesma. Uma mulher vaidosa. A forma como se olhou, como se empertigou diante do próprio reflexo e, sobretudo, a forma como sorriu ao se perscrutar, mostrou que ela sentia orgulho do seu corpo.
E então pensei: como sou tacanho, eu e meus limites estéticos. Que espírito catequizado, esse meu. A raça humana é tão vasta,tão cheia de belezas inesperadas, e a minha mente é tão restrita, tão arrabaldina. Olhei de novo para a moça sentada ali adiante, rindo com os amigos. Ela sorria com a confiança da mulher bonita e, mesmo que continuasse não a achando bonita, compreendi que a beleza, na verdade, não está na pessoa que olha, mas na pessoa que sabe ser bela.
(David Coimbra)
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